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VESTIMENTAS PARA TRABALHOS COM ELETRICIDADE.


Nesse artigo vamos tratar das vestimentas dos eletricistas. Você acha que um eletricista deve usar uniformes confeccionados com tecido comum? Ou que o uniforme deve proteger contra algumas peculiaridades perigosas à vida deste profissional? Será que existe uma norma técnica que estabelece regras para a confecção destas vestimentas?


Vejamos;

No item 10.2.9 subitem 10.2.9.1 e 10.2.9.2 da NR 10 esse assunto é tratado, leia abaixo;


10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.


A algum tempo atrás as roupas utilizadas pelos eletricistas eram confeccionadas com tecidos comuns pois, tinham o único objetivo de uniformizar os profissionais conforme as designações dos seus empregadores. A partir da publicação da NR 10 e seguindo legislações internacionais a mudança deste procedimento foi inevitável. hoje conseguimos padronizar as vestimentas e também proteger o eletricista contra queimaduras e alguns outros efeitos do arco elétrico e do fogo repentino.

Parte da energia liberada como resultado do arco elétrico ou do fogo repentino que incide sobre determinado ponto de interesse, geralmente o trabalhador. Pode-se estimar a energia incidente devido ao arco elétrico utilizando-se parâmetros como: diagrama unifilar da instalação elétrica, tensão de alimentação, correntes de curto circuito, características dos sistemas de proteção das instalações elétricas (tempo de atuação da proteção), posição do trabalhador etc.

No caso de fogo repentino, a estimativa da energia incidente é mais simples, conhecidos o poder calorífico do material envolvido, o tempo de atuação da chama e a posição do trabalhador, calcula-se o calor irradiado que o atinge. A energia incidente é informação fundamental para a determinação da adequada proteção ao trabalhador pelo uso de barreiras, tais como as vestimentas especiais.

No caso das vestimentas para proteção contra os efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo repentino, sua composição deve contar com tecidos especiais para garantir um desempenho satisfatório quando expostos à energia incidente e à chama.

Estão disponíveis tecidos naturais e sintéticos associados a distintas tecnologias que lhes conferem a propriedade ignífuga (antichama). Alguns destes produtos são confeccionados com fios especiais que garantem aos tecidos esta propriedade e outros são tecidos tratados com substâncias que lhes conferem tal atributo.

Além do aspecto primordial de máxima proteção dos trabalhadores contra os efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo repentino, as vestimentas devem possuir características que garantam sua manutenção ao longo do uso, tais como: resistência mecânica do tecido e linhas de costura e retenção de cor.

Assim, cabe a cada profissional de segurança do trabalho avaliar a melhor tecnologia para a proteção dos trabalhadores aos riscos a que estarão expostos, considerando as propriedades dos tecidos e vestimentas disponíveis e sua respectiva manutenção.

Essas propriedades são basicamente;


a) Gramatura do Tecido Uma das características relevantes na avaliação e escolha das vestimentas, a gramatura compõe a proteção conferida pela vestimenta contra os efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo repentino.


b) ATPV - Arc Thermal Performance Value O ATPV - Arc Thermal Performance Value (valor em calorias por centímetro quadrado da proteção conferida pelo tecido ao efeito térmico proveniente de um arco elétrico) está diretamente relacionado às características do tecido que compõe a vestimenta e sua tecnologia de fabricação.


Lembramos que o EPI, no caso as vestimentas, não são salvo conduto para a exposição do trabalhador aos riscos originados do efeito térmico proveniente de um arco elétrico ou fogo repentino. Como já mencionado, todo e qualquer EPI não atua sobre o risco, mas age como uma das barreiras para reduzir ou eliminar a lesão ou agravo decorrente de um acidente ou exposição que pode sofrer o trabalhador em razão dos riscos presentes no ambiente laboral.

Desta forma, deve-se buscar a excelência no gerenciamento desses riscos, adotando medidas administrativas e de engenharia nas fases de projeto, montagem, operação e manutenção das empresas e seus equipamentos prioritariamente, de forma a evitar que as barreiras sejam ultrapassadas e o acidente se consume.


By PM-EPI News

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